Renda fixa: quais as melhores opções para 2024?
De fato, a renda fixa permanece como uma das escolhas mais populares entre investidores que buscam segurança e previsibilidade em seus retornos financeiros.
À medida que entramos em 2024, o cenário econômico continua evoluindo, influenciando diretamente as oportunidades e os desafios neste campo de investimento.
Por isso, este artigo se propõe a explorar as melhores opções de renda fixa disponíveis atualmente, considerando a dinâmica do mercado e as expectativas para o ano.
Acompanhe e saiba mais!
Quais os melhores investimentos em renda fixa de 2024?
Tesouro IPCA+
Em suma, ao considerar as opções de investimento em renda fixa para 2024, uma escolha proeminente é o Tesouro IPCA+, um título do governo brasileiro vinculado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Este índice reflete a inflação oficial do Brasil, o que torna o Tesouro IPCA+ uma alternativa atrativa para investidores que procuram um retorno financeiro que supere a inflação, um aspecto particularmente valioso em tempos de inflação crescente.
De fato, o diferencial do Tesouro IPCA+ reside na sua capacidade de oferecer um retorno real conhecido antecipadamente, até a data de vencimento do título.
Por exemplo, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 promete um retorno real de 5,85% ao ano até 15/05/2029, enquanto a versão com vencimento em 2035 oferece um retorno de 5,91% ao ano até 15/05/2035, conforme dados de outubro de 2023.
Em suma, estes números representam o lucro acima da inflação, significando que o retorno nominal será ainda maior.
Importante notar que o rendimento do Tesouro IPCA+ é influenciado pela marcação a mercado. Essa dinâmica ajusta diariamente o valor dos títulos com base na curva de juros estimada pelo mercado.
Contudo, a segurança dos rendimentos está assegurada caso os investimentos sejam mantidos até o vencimento, uma característica chave da renda fixa.
Essa previsibilidade de rendimentos faz do Tesouro IPCA+ uma opção robusta e confiável para investidores que buscam mitigar os riscos associados à inflação e garantir um retorno real sobre seus investimentos no cenário econômico de 2024.
Fonte: Canva Pro
Títulos Bancários
Em 2024, além dos títulos públicos, os títulos bancários emergem como uma opção atrativa na categoria de renda fixa.
Estes incluem Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), todos emitidos por instituições financeiras.
Esses títulos se destacam dos papéis governamentais, oferecendo potencialmente um retorno maior, refletindo seu risco mais elevado. Como o renomado investidor Howard Marks aponta, existe uma relação direta entre risco e retorno potencial.
O conceito de risco mais elevado para títulos bancários, em comparação com os emitidos pelo governo, pode gerar questionamentos, especialmente quando se considera a situação fiscal desafiadora do Estado.
No entanto, é importante entender que, em termos econômicos, o governo geralmente é percebido como o pagador mais seguro.
Isso se deve à sua capacidade de gerar receita através do aumento de impostos ou, em última instância, imprimir moeda para cumprir suas obrigações financeiras, apesar das consequências negativas que isso pode acarretar.
Por outro lado, as instituições financeiras que emitem títulos não têm tais alternativas à disposição.
Sem a possibilidade de recorrer a medidas como a emissão de moeda, essas instituições enfrentam um risco intrínseco maior, o que as leva a oferecer taxas de retorno mais altas para atrair investidores.
Quando comparamos os CDBs com LCIs e LCAs, encontramos uma diferença fundamental: as LCIs e LCAs são isentas de imposto de renda, um benefício não aplicável aos CDBs.
Apesar disso, o risco de crédito tende a ser similar, especialmente quando esses títulos são emitidos pela mesma instituição financeira.
Isso torna os títulos bancários uma opção interessante e diversificada para investidores que buscam renda fixa com um perfil de risco-retorno diferenciado em 2024.
Tesouro Selic
Em suma, o Tesouro Selic figura como outra opção promissora no universo de investimentos de renda fixa para 2024.
Este título do governo brasileiro tem seu rendimento vinculado à taxa Selic, a taxa básica de juros do país. Como um título público pós-fixado, o Tesouro Selic reflete de maneira direta as alterações na política de juros do Banco Central do Brasil (Bacen).
A dinâmica do Tesouro Selic é diretamente influenciada pelas mudanças na taxa Selic. Quando o Bacen opta por elevar os juros, o rendimento deste título também aumenta.
Inversamente, uma redução na taxa Selic leva a uma diminuição no rendimento do Tesouro Selic. Este comportamento o torna particularmente sensível às políticas monetárias e às condições econômicas vigentes.
Para o ano de 2024, mesmo diante de um cenário em que o Bacen já tenha iniciado um ciclo de redução da taxa de juros, diversos fatores sugerem a manutenção da Selic em níveis relativamente elevados, possivelmente acima de dois dígitos.
De fato, essa perspectiva tende a favorecer o desempenho do Tesouro Selic, oferecendo aos investidores uma oportunidade interessante de aplicação.
Dada a sua natureza como título do governo, o Tesouro Selic é frequentemente considerado um dos investimentos mais seguros disponíveis no Brasil, tornando-o uma escolha atraente para aqueles que buscam estabilidade e previsibilidade em seus portfólios de renda fixa para o ano de 2024.
Fonte: Canva Pro
ETF de Renda Fixa
Para 2024, os ETFs (Exchange-Traded Funds) de renda fixa surgem como uma alternativa de investimento atraente, alinhando-se com a tendência de diversificação no mercado financeiro. \
Estes fundos têm como objetivo replicar a rentabilidade de um indexador específico ou seguir uma estratégia de investimento pré-definida. Oferecendo uma forma eficiente de acesso ao mercado de renda fixa.
De fato, uma característica distintiva dos ETFs é que, diferentemente de títulos individuais de renda fixa, eles não têm uma data de vencimento específica.
No entanto, considerando que os ativos dentro do portfólio de um ETF de renda fixa possuem prazos de vencimento, os ETFs operam com uma “duração” média, que reflete o prazo médio dos ativos em seu portfólio.
Em termos de tributação, os ETFs de renda fixa apresentam vantagens significativas em comparação com os fundos de investimento tradicionais.
Em suma, eles não estão sujeitos à incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e come-cotas. Um regime de tributação aplicável a certos tipos de fundos de investimento no Brasil.
A alíquota do imposto de renda (IR) varia de acordo com o prazo médio de repactuação (PMR) da carteira de ativos financeiros, variando entre 25% e 15%.