Golpe do empréstimo: saiba como você pode se proteger

“Golpe do empréstimo” é um termo que vem ganhando notoriedade em um mundo cada vez mais digitalizado, onde as transações financeiras online são comuns.

Este artigo visa oferecer orientações essenciais sobre como você pode se proteger contra esses golpes, que frequentemente prometem facilidades na obtenção de crédito, mas acabam se revelando armadilhas financeiras perigosas.

Aqui, exploraremos as principais características desses golpes, como identificá-los e quais as medidas eficazes para se resguardar contra tais fraudes, garantindo a segurança de suas informações e de seu dinheiro.

Acompanhe para saber mais!

O que é o golpe do empréstimo?

O esquema conhecido como “golpe do empréstimo” é uma forma de fraude em que os criminosos enganam as vítimas, prometendo empréstimos atraentes que, na realidade, não existem.

Este tipo de crime, uma modalidade de estelionato, pode ser executado através de diversos canais como e-mails, telefonemas, mensagens via WhatsApp ou até correspondências físicas.

O golpe geralmente se inicia com a oferta de um empréstimo com condições extremamente vantajosas, que rapidamente despertam o interesse da vítima.

Conforme o esquema avança, a vítima é persuadida a realizar transferências de dinheiro para os estelionatários, frequentemente sob pretextos como taxas de processamento, seguros ou garantias, na expectativa de receber o empréstimo prometido, que nunca se materializa.

Com o aumento da popularidade e da variedade dos serviços financeiros digitais, esses criminosos encontram terreno fértil para suas atividades ilícitas.

Eles frequentemente se passam por representantes de instituições financeiras reconhecidas, utilizando-se da credibilidade dessas empresas para dar veracidade aos seus golpes.

Essa abordagem torna o golpe ainda mais perigoso, pois muitas vezes as vítimas acreditam estar lidando com empresas legítimas e acabam sendo ludibriadas a entregar seu dinheiro aos fraudadores.

Golpe do empréstimo faz cada vez mais vítimas no país

As estatísticas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelam um aumento alarmante de cerca de 60% em fraudes financeiras durante o período pandêmico, com uma grande parcela desses golpes relacionada a empréstimos falsos.

Este tipo de fraude, conhecido como golpe do empréstimo, tem se intensificado em um cenário onde a oferta de crédito se expande rapidamente, impulsionada pelo surgimento de fintechs e novas instituições financeiras.

Essa tendência de aumento nos golpes financeiros coincide com a transformação digital dos negócios e a crescente adoção de métodos de pagamento online e por aplicativos.

Os estelionatários têm se adaptado habilmente a esse cenário digital, principalmente com a introdução do Pix em 2020, um sistema de pagamento instantâneo no Brasil.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela PSafe, houve um crescimento de 1191% nas tentativas de golpes relacionados ao Pix no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Este panorama demonstra a necessidade crescente de vigilância e educação sobre segurança digital. Tanto para indivíduos quanto para empresas, no intuito de mitigar os riscos associados a esses tipos de fraudes cada vez mais sofisticadas e frequentes.

Como se proteger de golpes de empréstimo?

1. Tenha cuidado com ofertas de crédito

Em suma, ao se deparar com propostas de crédito, especialmente aquelas que parecem excepcionalmente favoráveis, é essencial adotar uma postura de cautela e desconfiança.

Ofertas com taxas de juros significativamente inferiores às médias de mercado e com prazos de pagamento estendidos podem ser sinais de um potencial golpe.

Esta atenção deve ser ainda mais rigorosa para pessoas com restrições de crédito. Isso porque, os golpistas frequentemente visam esse grupo, que pode estar mais desesperado por opções de financiamento.

Um passo fundamental para verificar a legitimidade de uma oferta de crédito é entrar em contato diretamente com a instituição financeira mencionada.

Isso pode ser feito por meio de canais oficiais, como o site ou a linha de atendimento ao cliente da empresa, ao invés de responder diretamente à oferta recebida.

De fato, este procedimento ajuda a confirmar se a proposta é realmente da instituição e se as condições oferecidas são autênticas.

2. Nunca faça nenhum pagamento antecipado

De fato, os golpes de empréstimo são frequentemente baseados na premissa de exigir pagamentos antecipados para a liberação do dinheiro do empréstimo.

É fundamental compreender que essa prática não é adotada por instituições financeiras legítimas e é, de fato, completamente ilegal.

Em transações de crédito legítimas, os custos e taxas associados ao empréstimo são geralmente incluídos no montante total a ser reembolsado e não exigem pagamentos antecipados.

Portanto, uma regra crucial a ser seguida é nunca efetuar pagamentos adiantados para obter um empréstimo.

Em suma, se uma instituição ou indivíduo solicitar qualquer tipo de pagamento antecipado para “liberar” o crédito, isso é um grande indicativo de fraude.

Em tais situações, é aconselhável interromper a comunicação com a parte solicitante. E, se possível, reportar o incidente às autoridades competentes ou a órgãos de defesa do consumidor.

3. Proteja seus dados pessoais

De fato, muitos golpes financeiros, incluindo os de empréstimo falso, iniciam com a coleta de dados pessoais das vítimas.

Essas informações podem ser usadas para realizar empréstimos fraudulentos em nome da vítima ou para entender melhor o perfil e as vulnerabilidades do alvo.

Portanto, é crucial ser cauteloso ao compartilhar dados pessoais e garantir que qualquer empresa que tenha acesso ao seu cadastro esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil, que estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais.

Além disso, a implementação de medidas de segurança digitais adicionais é essencial. Uma das mais eficazes é a ativação da autenticação de dois fatores (2FA).

Este recurso adiciona uma camada extra de segurança ao processo de login em contas de e-mail, WhatsApp, redes sociais e plataformas de compras online. Protegendo-as contra invasões ou clonagens.